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Seguindo o roteiro da Rota das Emoções, quem começa a viagem por Jericoacoara (e lá fica quantos dias quiser – todas as informações nesse post!) continua a estrada no sentido Camocim, outra cidade cearense e que fica no caminho do Piauí.
Mas vale dizer que esse esse trecho da viagem é o atrativo em si: é lindíssimo. E de Jeri a Camocim, ou vice-versa, o bom mesmo é percorrê-lo com buggy!
Atenção: vocês vão reparar que esse post, ao contrário dos outros, é mais foto do que conteúdo (mas, bem, que culpa tenho eu de que o passeio é lindo?). Por isso, optamos por mostrar algumas fotos de como é o caminho ao longo da rota, com informações aqui e acolá. A verdade é que neste trecho da Rota das Emoções, especificamente, a maior atração está no caminho, e é isso que vamos tentar mostrar aqui!
O percurso é todo feito pelas praias e pelos leitos secos do rio, quando é em temporada de seca – e é essa logística rústica, na minha opinião, um dos grandes fatores que contribuem para a “emoção” da Rota. 🙂
O que divide Jeri e Camocim é um braço de água, que só pode ser atravessado de jangada. São dois buggys por barco…
… que são transportados até o outro lado do rio na base do muque mesmo!
E ao chegar na outra margem, já é considerado território de Camocim (o que, confesso, eu só viria a saber disso depois).
Vale aqui uma explicação: como esse post fala da Rota das Emoções, esse é um passeio feito em um sentido só, ou seja, Jeri-Camocim. O mesmo passeio de buggy pode ser contratado no sentido oposto ou, ainda, se alguém estiver hospedado em Camocim por alguns dias e quiser conhecer os arredores, é possível fazer a contratação do passeio de buggy, que ele leva a todos estes territórios, como a Lagoa da Torta e a Praia de Tatajuba (falaremos delas mais adiante), chegando até esse ponto do rio, e voltando.
Ou seja, como a proposta da Rota das Emoções é ser feita sob medida, o mesmo princípio vale aqui: o seu roteiro, você que monta! 😉
Mas fica só a dica: qualquer que seja o roteiro escolhido, ele vai ter um super visual…
Uma observação: ao ver a foto da paisagem acima, um mangue ressecado por quilômetros e quilômetros, bateu aquele sentimento de “ih, que dó, quantas árvores mortas!”. Nananinanã: não estão mortas, essa vegetação é próxima da região e está temporariamente ressecada, em função da estação – estávamos em Novembro, auge da época da seca, num ano que foi mais seco ainda. Mas segundo os guias, a região é completamente diferente na estação de cheia, de janeiro a junho: um verde exuberante e irreconhecível.
Por essa razão, não tem uma “estação melhor” para se visitar. Tanto a seca como a cheia transformam a Rota das Emoções em duas paisagens completamente distintas – por exemplo, no que tange a logística. Como estávamos na seca, era possível atravessar de buggy ou de moto um trecho que, em outra ocasião, é o leito do rio (veja abaixo).
Mas, com cheia ou sem cheia, dá para brincar: invariavelmente estará lá, no alto da duna, um ski-bunda para descer – o que muda é só a paisagem à frente! 🙂
O custo pelo escorrego? Uma fortuna de 5 reais!
Ouvi alguns casos de pessoas que fizeram essa travessia a pé: imagino que deve ter sido uma boa caminhada, não só pela distância mas sobretudo pelo sol, incisivo.
Bom, mas pelo menos quem fez conseguiu desfrutar por mais tempo paisagens como essa…
Um dos atrativos de Camocim, lindíssimos e que vale a visita, com calma para desfrutar o que o passeio tem de bom, é a Praia da Tatajuba. São lagoas e praias de águas verdíssimas e areia branca e fina, delicioso para passar o dia. O acesso é só de buggy, e dependendo da área onde os buggys param, é possível ver na água cavalos marinhos.
No nosso caso, infelizmente, estávamos com a agenda meio atrasada, e não deu para ficar muito tempo na Praia da Tatajuba – e eu só consegui tirar essa foto daí de baixo. Mas descobrimos que, para quem fica em Camocim, um dia em Tatajuba é unanimidade… Desbanca até a preferência aos outros passeios.
Fomos visitar a Lagoa da Torta, que também fica no trecho entre Jeri e Camocim, e é uma das opções de passeios partindo desta última. A lagoa tem essa cara de foto mansa, o que é totalmente verdade. Redes estrategicamente posicionadas sobre uma água nordestina, dessas mansas e quentinhas, para amolecer o espírito do turista enquanto ele espera o prato do dia ser preparado para o almoço – que muda de acordo com os peixes pescados naquela manhã, o que garante a oferta sempre fresca.
Até, por fim, atravessar mais um rio de cor esmeralda e chegar à cidade de Camocim. Que é simples, ensolarada e colorida, no seu modo mais nordestino de ser.
O colorido fica por conta das embarcações de pesca amarradas ao longo da orla: a calma dos cascos coloridos boiando ao sabor das ondas contrasta com o constante trabalho ao entorno deles, de pescadores removendo sua carga de trabalho, trançando redes, limpando o barco..
Eu confesso: sou uma apaixonada pelo cotidiano no Nordeste. Acho que tem, nesse cotidiano, uma enorme beleza escondida, invisível aos olhos de quem chega procurando as belezas óbvias de uma orla moderna e toda pavimentada, com quiosques de última geração. Não, Camocim, assim como muitos lugares no Nordeste, tem aquela rusticidade que grita – e por isso mesmo, é linda por ser assim, tão genuína.
Poético, né? Mas posso dar uma dica? Experimente levar uma câmera para orla de Camocim. Um pouco de olhar e um muito de sensibilidade, e dá para tirar fotos ótimas!
E quem estica uns dias em Camocim tem a chance de conhecer melhor os arredores de praias lindas (ouvi propagandas muito positivas de lá o tempo todo, e de todos os lugares que eu fui na Rota, foi o único que eu lamentei não ter ficado mais tempo para conhecer mais coisas).
Minha dica de hospedagem: a Casa de São José. Charmosa até dizer chega, e não é para menos: é um hotel de charme instalado na região e que faz totalmente jus ao título. A quem interessar possa, eu não me hospedei lá – mas fiquei muito aguada de vontade, então a dica é genuína. Fomos visitar o interior do hotel: cada quarto é decorado de um jeito diferente, com muito bom gosto e delicadeza e todos dão para a área comum do hotel, essa lindeza aí de baixo.
Não fica assim, em frente à praia – mas tem uma piscina deliciosa para compensar. Café da manhã e wi-fi gratuito estão incluídos na diária. Em todos os quartos, ar condicionado e uma rede como complementos deliciosos para combinar com o calor cearense.
Uma coisa que eu amei: tem coisa mais charmosa que esse box todo em pedra, iluminado só pela luz do dia?
Então, não né? 🙂 Vale dizer que o hotel é indicado para famílias – embora eu, cá para nós, iria para lá a dois, apenas… Sei lá. Opinião! 🙂
Para consultar disponibilidade de datas e fazer a reserva, basta clicar aqui.
E como explicamos: Camocim vale a pena a parada por alguns dias, mas o passeio vindo de/para Jeri é imperdível. E daqui, seguimos para o Piauí, rumo ao Delta. Fiquem atentos aos próximos posts! 🙂
Como chegar
Para chegar em Camocim só rola se for de avião (a cidade tem um aeroporto) ou, para quem quer vir de Jericoacoara, pode entrar em contato com o Bora Turismo (contatos com a Vanessa e o Mariano, através do e-mail boraturismojeri@hotmail.com, ou pelos telefones 88 3669 2116 / 9994 0172 / 99100738) ou com a Maresia Viagens e Turismo (contato com o Guilherme Sá, um português muito gente boa e cheio de história para contar. Telefone 85 8819 1112 e 3458 1808 ou e-mail maresia@fortaleza.tur.br). Os preços das diárias variam de acordo com o tipo de veículo e, obviamente, a temporada, mas como é o valor da diária do carro, se a viagem for feita com mais pessoas (quatro passageiros é o número máximo e ideal), o valor por pessoa fica mais barato.
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Se você gostou desse texto, acompanhe a série sobre a Rota das Emoções aqui:
Lençóis Maranhenses: lagoas, camarões e vida mansa em Atins
Lençóis Maranhenses (ou o que fazer quando as lagoas estão secas)
Rota das Emoções: do Piauí em direção aos Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
Rota das Emoções: a revoada dos guarás no Delta do Parnaíba, Piauí
Rota das Emoções: as vivências com rendeiras, pitangas, cajuína e catadores de carangueijo no Piauí
Rota das emoções: viajando de buggy de Jericoacoara a Camocim, no Ceará
Rota das emoções: dicas do que fazer em Jericoacoara por quem começa a viagem por aqui
Rota das emoções: onde é, o que vale a pena fazer lá e como planejar sua viagem no Nordeste
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Esta jornalista e blogueira percorreu a Rota das Emoções em novembro de 2012 a convite do Sebrae e dos empresários de Turismo da Rota. Todas as impressões, dicas, sugestões e avisos são frutos da experiência e opinião da jornalista.
Tenho muitas saudades do Nordeste…estive em 2004 e adoreiii
Flor, vc vai postar mais sobre a rota das emoções?
To pra ir pra lá em agosto e AMEI suas dicas até Camocim.
Abs e parabéns pelo blog 🙂
Vou sim!! Me enrolei esses dias para postar, mas vou sim!! Tem uma série completa planejada até os Lençóis. Já já tá no ar!! 🙂
Boa noite Clarissa.
estive em Jeri em Jul12 e vou voltar agora no inicio do ano e quero fazer o percurso descrito acima no seu blog. quero ir de Jeri até Camocim com uma TR4 4×4, mas sem guia, pois já conheço o trajeto até Tatajuba. Na sua opinião tem risco de ficar atolado? Qual o preço das balsas?
Olá Clarissa, estive lendo seus post e achei bem interessante, estou com uma dúvida, se escolho como destino Jericoacoara ou Bonito ( Mato grosso do sul), pelo que estive lendo são destinos bem diferentes, oque VC me sugere que devo levar em consideração?
Karina, não sei!!! Depende do que você gosta!!!
Acho que as duas regiões tem seu “auge” em tempos diferentes: Bonito é ótimo de Maio a setembro, e Jeri de Agosto a Novembro (melhores meses outubro e novembro). Então talvez seu calendário de férias já te ajude a decidir!
São experiências bem diferentes. Se você é “praieira”, escolha Jeri. Se você gosta de natureza, verde e cachoeira, é Bonito!!!
Olá! Vou fazer a rota das emoções em novembro e estou adorando as suas dicas!
Gostaria de saber quanto tempo demora essa rota de buggy?
Beijos e obrigada 🙂
Betina, eu fiz o passeio em uma manhã, saindo cedo (tipo 9 da manhã) e chegando em Camocim em torno de 13, 14 horas, para o almoço! 🙂
Quanto custa o passeio de buggy de camocim a jeri indo pela manhã e voltando à tarde. Buscando e deixando no hotel.