Junho é uma delícia: é mês de São João no Brasil, de início de verão na Europa e nos Estados Unidos, de frio na região sul brasileira. É também tempo de neve no Chile e Argentina e praia na Grécia, Turquia e Croácia.

Ou seja, junho é tudo de bom, e é só a largada para uma viagem maravilhosa, especialmente para quem está querendo ir para a Europa. Eu já havia adiantado aqui algumas dicas em maio, como Grécia e Cusco, que também se repetem para esse mês, então deixei para completar as dicas aqui com o que oficialmente começa e fica super bom em Julho (mas fica a lista de ler os dois posts!).

Vamos lá?

São João no Brasil

Vocês brigariam comigo se eu disser que, particularmente, eu gosto mais de farra de festa de São João do que de Carnaval? Mas é, e nem sei explicar: acho que é pelo clima (mais fresquinho do que o calor monstro de fevereiro), pela música (adoro um forrózinho), pelas comidas, pelo ar de uma festa quase família que fica pelo ar…

São João

Sei lá, adoro! 🙂

E, ainda bem, tive a oportunidade de conhecer algumas várias festas de São João nesse Brasilzão afora. Conheci as festas no Rio de Janeiro (na época em que ainda aconteciam na ruas, quase umas quermesses… Senti que deu uma caída dessas opções de uns tempos para cá), em Campina Grande, na Paraíba, em Caruaru (festa deliciosa, que briga com Campina Grande pelo título de “Melhor São João do Mundo”. Eu, que sou indecisa, fui nas duas), bem como festinhas pequenas e família que aconteciam em cidades menores como Itaipava, Paraty (no Rio)… Sem falar de festas deliciosas que acontecem mais no interior e que eu não tive oportunidade de ir (dizem que as de Minas Gerais são tudo de bom. Confere, leitores?). 🙂

São Joao

Então vamos lá: onde é a boa para se curtir um são joão bem animado?

Campina Grande (Paraíba) e Caruaru (Pernambuco): ambas ficam no interior do estado, de modo que se você vem de avião das capitais, fica a dica de alugar um carro. A farra costuma durar um mês – que é quase todo o mês de junho – então tem dias de sobra para você escolher. Só fica a dica de escolher o quanto antes, porque hotéis se esgotam rapidinho, e os preços de passagens aéreas vão lá para cima. Ambas as festas tem um palco enorme onde costumam acontecer as grandes atrações (Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e diversas bandas do forró são presenças frequentes), mas tem muita coisa boa acontecendo nas barraquinhas ao longo da festa.

são joão 2

Ah, eu confesso uma certa predileção pelo São João de Caruaru, mas aí é porque eu morei em Pernambuco e rolou um amor todo pessoal pela terrinha, né? Quase sempre, quem está por lá se apresentando é o Alceu Valença (e na época em que eu estava por ali, era Reginaldo Rossi a figurinha constante, com que eu inclusive já esbarrei mais de uma vez no aeroporto, numa sorveteria, num bar e no meio da rua).

Bumba meu Boi (Maranhão): esse acontece geralmente na segunda quinzena de junho em São Luís. É um evento bem colorido, bonito e cheio de tradição brasileira (taí uma das coisas que eu mais gosto em festa de São João: esse tantão de histórias, de fé, de dedicação e de significados que estão por trás de cada manifestação cultural e que contam para a gente, com muito ritmo e gosto, as pequenas brasileirices do nosso Brasil enorme que a gente nem conhece!).

sao joao 2

Tem vários arraiais espalhados pela cidade, mas os mais animados já são em torno do próprio dia 24, dia de São João. E se você for no Centro Histórico de São Luís, ganha de brinde um cenário ainda mais bonito para conhecer!

Paraty: frio e arraiás

Olha eu aqui sugerindo Paraty de novo (já tinha feito isso em maio, falando do festival de Jazz que rola por lá. Mas fazer o que se Paraty é uma fofura de cidade, e com um calendário cultural animadíssimo para o ano todo? O São João daqui também é bem, bem legal, e sempre vale a pena ir conferir no site da cidade (aqui o link para o calendário cultural de lá) se vai estar rolando algum arraiá (costumava ter quase toda semana, então a tradição deve se manter esse ano também!). E se junho for o mês mais seco e friozinho que costuma ser, dá ainda para fazer de dia os passeios de barco até Trindade, por exemplo, e deixar para curtir a noite no centrinho histórico de Paraty.

Kayak

Observação 1: eu fui em junho de 2014 lá, e apesar do calendário cultural da cidade apontar que haveria festas juninas, bem… junho era bem o ínicio da Copa do Mundo aqui no Brasil. E não sei se foi por causa daquele trelelê que se anunciou na época, de que a Fifa tinha proibido festas de são João no Brasil mas… enfim, não teve nenhum arraiá.. Mas pelo sim, pelo não, esse ano espero que os arraiás voltem (e se não voltarem, bem… você vai curtir Paraty do mesmo jeito!).

Observação 2: Já aviso logo que vou repetir (de novo!) Paraty em julho, por causa da FLIP – esta sim, o melhor dos motivos para se ir para lá! 🙂

Detalhe das Vending Machines instaladas em Paraty durante a Flip

Veja também:

Flip: já acabou, mas saiba porque ano que vem você tem que estar lá!

E mais:

Hotéis e pousadas em Paraty pelo Booking.com

Gramado e Canela: destinos cheios, mas deliciosos

Ok, são altíssimas as chances de qualquer viagem para lá ser bem cheia, já que começa a temporada de inverno e o pessoal quer aproveitar aquela vibe gaúcha de frio, chocolate quente, comida boa, café colonial e vinho.

Mini-Mundo de Gramado. Crédito da Foto: Catarina Donda
Mini-Mundo de Gramado. Crédito da Foto: Catarina Donda

 Mas para quem está disposto de fazer uma viagem dessa, a gente tem as dicas de uma colaboradora nossa, a Catarina, que fez uma compilação de dicas muito boas sobre Gramado e Canela com crianças. Vale a pena dar uma olhadinha:

Veja os posts sobre Gramado e Canela:

Gramado com crianças: dicas, passeios e delícias

Arredores de Gramado: mais dicas de Canela e Caxias do Sul para viajar em família

E mais:

Hotéis e Pousadas em Gramado pelo Booking.com

Cusco, Peru: Festa de Inti Raimi e o solstício de inverno

Particularmente, acho que o melhor mês para visitar Cusco e Machu Picchu é maio, e eu já tinha cantado essa bola na lista de “onde passar as férias em Maio”. Só que em junho rola o Inti Raimi, a festa inca do sol, que é bonita e, disparada, a cerimônia mais importante do ano todo. Por essa mesma razão, espere uma cidade de Cusco absolutamente lotada (com todas as vantagens e, principalmente, desvantagens que isso traz: restaurantes lotados, hotéis lotados e tudo consideravelmente mais caro). Mas por outro lado, para quem gosta dessas manifestações culturais, é uma bela chance de ver uma cujas raízes ainda estão bastante presentes, já que a influência dos antigos povos andinos ali ainda é muito forte – e linda!

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Eu sou suspeita: já disse aqui e aqui porque o Peru é apaixonante!

Para fins de programação: o Inti Raimi acontece no dia 24 de junho em Cusco, mas especificamente nas ruínas de Sacsaywáman (ou “sexy woman”, como eles falam!), que é o que restou de um dos maiores templos quéchua de Cusco, o mais importante – e até impressionante pelo tamanho das pedras e da dimensão das ruínas – faz a gente pensar como era linda a vida naquela época.

Sacsaywaman

Mas fica a dica: eu nunca fui no Inti Raimi propriamente dito, mas pela indicação do próprio pessoal que mora em Cusco e que conheci na minha viagem, não chegue exatamente no dia 24 – dê espaço para chegar alguns dias antes ou depois para conhecer melhor a região, que é lindíssima (e eu já tinha cantado a pedra de quantos dias são ideais para visitar Cusco, mas isso vale para condições normais de temperatura e pressão, e não sei se vale para o mesmo período da festa, a menos que você reserve tudo com antecedência, especialmente os trens a Cusco). Ah, outra coisa, vale avisar que, mesmo a região sendo absolutamente encantadora, conhecer Cusco e Machu Picchu nessa época talvez não seja a melhor das experiências, já que estará tudo bem bem cheio.

cusco e lhamas

Em Machu Picchu também acontece um festival em homenagem ao solstício de inverno na cidade perdida no dia 24 de junho (eu falo um pouco dele aqui), mas segundo o o guia que nos atendeu, o número de pessoas que visitam o sítio turístico naquele dia salta dos tracionais 1.500 pessoas (que já é muito) para 4.000, num único dia. Como curtir a magia das ruínas com tanta cabeça junto?

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Mas olha: tô avisando isso apenas para vocês se prepararem para esse outro lado. Porque quem foi avisa que a experiência vale muito a pena!

Veja relatos de quem foi ao Inti Raimi:

Cusco: Inti Raymi, a festa do Sol, pela Fragata Sunrise

Como é o Inti Raymi ou Festa do Sol, pelo Sundaycooks

Veja mais posts sobre o Peru:

 Quantos dias ficar em Cusco (e um roteiro bonitinho para cada um deles)

Como ir para Machu Picchu: três dicas detalhadas partindo de Cusco

Onde se hospedar em Águas Calientes: dicas para todos os bolsos

O que fazer em Águas Calientes e se vale a pena dormir por lá

10 motivos para viajar para o Peru agora (e voltar amando!)

10 curiosidades sobre o Peru para você amar a cidade antes mesmo de chegar lá

Mochilão de 21 dias pela América do Sul: o roteiro definitivo

E veja também: 

Hotéis e Pousadas em Cusco pelo Booking.com

Europa: é dada a largada para o verão!

Quase toda a Europa está linda e ensolarada nessa época do ano, com todo mundo de super bom humor por causa da chegada da primavera (digo “quase toda” porque sabemos que o tempo já anda doido há alguns anos, e ano retrasado eu cheguei toda pimpona em plena metade de junho em Londres jurando que eu ia pegar dias lindos do início do verão, e só tive 4 horas de sol em 15 dias. Um saco! ). Mesmo assim, são grandes as chances do tempo estar bem legal em qualquer destino que você escolha neste mês! E aqui vão alguns pitacos de onde eu já vi meses de junho ensolarados e alegres!

1. Munique: é tempo dos biergartens

Essa foi uma cidade de paixão à primeira vista, coisa que, juro, não acontece comigo com frequência. E, de acordo com uma amiga alemã que me hospedou por lá, eu só me apaixonei por Munique instantaneamente porque era junho (tipo, se eu estivesse por lá no frio horroroso que faz no inverno, minha opinião seria bem outra).

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Bem, não fui no inverno, e minha opinião sobre Munique continua linda como a cidade estava, quando me recebeu. Estrutura: era aquela coisa impecável dos alemães: trens rápidos, pontualíssimos para onde eu quisesse. Cidade impecavelmente limpa (mesmo com um festival rolando pela cidade). Bebidas: os “biergartens” estavam espalhados por pracinhas, jardins, parques e qualquer cantinho gostoso que a gente visse (e olhe, eram muitos). Neles, a experiência de conhecer as cervejas alemães era extremamente prazeirosa, por todos os motivos: dias lindos, quentes, parques cheios (mas sem a zona que fica na época da Oktoberfest).

Munique 2

Os mercados de frutas abundavam pela cidade (comprei uma caixa de morangos em um deles e lembro que ficava comendo assim, direto da caixa, enquanto passeava pela rua, de tão encantada com o sabor doce da fruta por lá).

Munique 3

Ah, importante: eu fui na época da Eurocopa, então o clima estava ainda mais festivo por conta dos jogos (vale avisar que a próxima é em 2016) e em junho é comemorado o aniversário da cidade. Munique organiza então um show bem bacana na praça principal da cidade, á noite e à céu aberto – eu fui apenas com uma blusinha de alça e um leve casaco.

Munique

Ah, um aviso: ô cidade para ter um povo bonito! #sotôavisando. 😉

Super, super recomendo (e super quero voltar para lá também!).

2. Grécia: Ilhas gregas escandalosamente lindas

Também é uma das dicas que eu já tinha adiantado em maio: o tempo é bom (embora um pouco frio ainda), mas sem os montes de turistas ou preços altos do início do verão.

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Junho entra numa lógica parecida: no quesito “plus”, o tempo está definitivamente mais quente e ensolarado – e o mar, ainda que gelado (tipo, me lembra as temperaturas do mar de Arraial do Cabo ou Cabo Frio, por exemplo!), está bem refrescante e convidativo para um mergulho. E acredite, nessa hora tudo ajuda: o calor do sol do lado de fora e a cor da água é quase como uma ordem! 🙂

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Por outro lado, começa a temporada dos cruzeiros, o que faz com que algumas ilhas como Santorini e Mikonos subitamente recebam uma enxurrada de turistas que chegam todos na mesma hora (e que, lado bom também, vão embora todos na mesma hora). O lado negativo disso é que muitos dos passeios podem acabar sendo meio cheios  (mas quem vai de cruzeiro pode contornar isso fazendo passeios por conta própria: aqui tem dois roteirinhos prontos de Santorini e Corfu), mas a vantagem é que isso, em Junho, ainda não chega a ser um problema enorme – já em julho, as ilhas gregas ficam apinhadas, recebendo os turistas de toda a Europa que estão de férias.

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Preços começam a subir sensivelmente a partir de metade de junho, então quem for no início do mês ainda pode pegar algumas vantagens. 🙂

Veja também:

Hotéis e pousadas em Santorini, Corfu e Mykonos.

3. Cruzeiros pelo Mediterrâneo: é dada a largada

Grécia, Turquia, Croácia… Começa em junho os principais roteiros de cruzeiros que passam pelo Mediterrâneo e o Mar Adriático, com paradas em lugares delicinha como Bari (Itália), Santorini, Mykonos, Corfu e Katakolon (Grécia), Kusadasi (Turquia), Dubrovnik (Croácia). Bem, tem uma infinidade de roteiros aí.

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Eu confesso uma coisa para vocês: eu fiz um cruzeiro desses na última semana do mês de junho, a convite de uma amiga muito querida e acompanhando a família dela. Foi bem, bem especial a viagem, mas eu confesso que cheguei a pensar, antes de ir, que cruzeiro não era a minha praia. Tipo, um daqueles preconceitos bobos que a gente tem com estereótipos antes mesmo de chegar no lugar, sabe? Eu imaginava que ficaria mega entediada por uma semana presa em um navio , cheio de casais (cruzeiro no Mediterrâneo tem toda essa cara romântica, né?) por todos os cantos, ou famílias, ou velhinhos (sei lá, sempre imaginei que em cruzeiro desse tipo ia ter um monte de velhinhos americanos morgando nas espreguiçadeiras da piscina).

Acontece que foi tudo verdade – menos a parte de eu me entediar (muito pelo contrário). O cruzeiro tinha velhinhos, tinha casais, mas também tinha gente de todo o tipo, com todos os níveis de animação, e foi absolutamente inesquecível. Tinha comida boa, cozinha boa, piscina boa, tempo bom, gente bonita, gente bacana… E todo o meu problema, por uma semana, era decidir sobre dúvidas atrozes como “vou para a jacuzzi agora ou continuo na piscina?”. “Vou para o restaurante do foyer principal ou continuo aqui no bar?”. Ó dúvida cruel!

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Eu fiquei offline por absolutamente uma semana (porque eu quis). E lembro com gosto de cada segundo, a ponto de partir o coração (como poucas vezes partiu) na hora de eu fazer as malas daquela “casa” por uma semana.

Salvo dois posts sobre Corfu e Santorini, eu nunca contei como foi minha experiência lá, e nem sei se consigo: acho que esses dias foram um tipo de férias pessoais e necessárias que a gente tanto precisa, que não quer nem sabe como dividir com ninguém – nem em blog.

Deixo aqui, então, guardada essa lembrança bacana desses dias comigo, só para dizer para vocês que vale muito a pena fazer esse cruzeiro pelo Mediterrâneo sim. Por vocês. E independente se você está indo com casal, solteiro e sozinho, com pais, sendo pais, com filhos pequenos…

Vale a pena. Mesmo.

(e no fim das contas, se você resolver ir mesmo, fica a última dica: vá em junho ou em setembro, que são respectivamente o início e o fim das temporadas de verão, e quando essas principais cidades estarão menos vazias – e, tomara, menos caras). 🙂

Veja mais aqui: 

Cruzeiro pela Grécia: O que fazer na ilha de Corfu em 8 horas

Cruzeiro pela Grécia: o que fazer na ilha de Santorini em 8 horas

4. Alpes Suíços: Paisagens lindíssimas (e sem a friaca)

Eu já tinha dado a dica de ir à Interlaken – cidade suíça fofíssima que fica às margens de dois lagos lindos e aos pés dos alpes – em fevereiro, quando a temporada de esqui está à mil. Mas eu mesma, fui em junho – e foi uma delícia! Era início de verão, embora em Interlaken o verão seja um conceito meio relativo (no mesmo dia você sente calor, frio, pega chuva e vento, para depois ter sol de novo!). Mas as chances de ter dias claros, limpos e com sol (peguei vários desses assim) permite com que a gente admire ainda mais a paisagem.

Paisagens trilhas Interlaken

E que paisagem, diga-se de passagem. 🙂

Lauterbrunnen - Suíça

Um aviso. Quem vai a Interlaken e sobe para o Top of Europe vai pegar frio sim, porque lá no alto da montanha é sempre gelado, com direito a neve e tudo (então não se preocupe, você vai ver neve sempre, mesmo no verão!). Mas na cidade mesmo, o clima é bem bom e bonito, e dá para visitar a fofíssima cidade de Brienz, que fica às margens do lago, conhecer o museu Ballenberg (que é um museu de casas, super interessante – e como é ao ar livre, a visita é bem melhor quando feita em um dia bom!) e fazer um passeio de barco pelos lagos.

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Ah, vale lembrar que Interlaken é conhecida como a Meca dos esportes radicais na  Europa, com tirolesa, para-pente, trilhas de mountain bike ou descida de downhill (que dá para fazer de patinete, e com uma vista absurda de frente para as montanhas! Coisa linda!).

Patinete alpes

A quem interessar possa, eu fiz uma série bem completinha de Interlaken aqui no blog, confira os posts:

Interlaken para iniciantes: dicas mastigadas de hotéis, passes de trem e do que fazer por lá

Rua Brunngasse: a velhinha enxuta e charmosa de Brienz

Ballenberg, um museu imperdível em Brienz

Esportes radicais e de aventura: porque Interlaken é a Meca das atividades ao ar livre

Suíça em pílulas: a legítima “cow parade” e o concurso de miss vaca

Para ninguém mexer no seu queijo: visitando uma fábrica de queijos suíços em Grindelwald

Interlaken, Suíça: o que conhecer na região mais democrática dos alpes

E mais:

Veja hotéis em Interlaken

5. Itália: Spoleto, Norcia e Assis são lindas pedidas

Tenho uma teoria toda minha que qualquer dia é um bom dia para se conhecer a Itália – mas se esse dia for de abril até novembro, que é rola a primavera, verão e início do outono deles, aí… Qualquer dia é IDEAL para conhecer a Itália! 🙂

Eu tive a oportunidade de ir para lá 3 vezes, em meses e para cidades diferentes. Cada uma com o seu charme. Cada uma valendo muito a pena. 🙂

Caminho Franciscano em Spoleto

Mas se você me permite uma dica (e eu acredito que sim, afinal você está me lendo até agora!), eu acho que junho é O MÊS para conhecer a região da Umbria, que compreende as cidades de Assis, Norcia, Spoleto entre outras.

Um dos detalhes da cidade de Spoleto!
Um dos detalhes da cidade de Spoleto!

Em tempo: a capital da Umbria é a cidade de Perugia, mas essa eu deixaria para conhecer bem na primeira semana de Julho (e em julho eu explico o porquê!).

“Mas poque a Umbria, Clarissa, e não Florença ou Veneza?”, você vai me perguntar… Bem, claro, essas duas cidades também estarão em plena cor do verão italiano (e se você seguir uma das dicas acima e reservar um cruzeiro pelo Mediterrâneo, muito provavelmente a saída do navio será de Veneza e, portanto, você já vai “matar” uma cidade.).

Mas a dica de conhecer Assis, Norcia e Spoleto é porque essas cidadezinhas estão muito próximos entre uma e outra, e dão uma verdadeira experiência italiana na medida: aquele “dolce far niente”,aquele ritmo manso de andar por entre ruelas medievais e se apaixonar pela Itália a cada passo…

Portas de Assis

(E eu vou ser muito sincera para vocês: de junho a agosto as cidades de Florença e Veneza simplesmente se apinham de tanta gente. Sabe aquela praça medieval charmosíssima que eu mencionei? Altas chances de você a conhecer junto com 387.820 pessoas junto, na mesma hora e local. E não me julguem se eu estiver sendo chata demais: eu fui em Florença e Veneza sim, em um ensolarado mês de junho. Gostei. Mas estava lá com essa galera toda de turista junto comigo. E sempre chega uma hora em que tanta gente deixa o passeio cansativo – e isso é uma opinião particular minha!).

Por isso fica a dica de Assis, Norcia e Spoleto. Assis, porque é linda  e a cidade de São Francisco: cada cantinho da cidade respira à história, e arrisco dizer que essa foi, sim, a única “Cidade Santa” que me emocionou de uma certa forma. E você não precisa ser religioso para isso acontecer: eu conto a história de como foi aqui, nos passos de São Francisco de Assis.

Basílica de São Francisco de Assis
Basílica de São Francisco de Assis

Já Norcia é uma comuna pequenininha e bucólica perto de Foligno, em meio a vales lindos de viver, foi onde nasceu São Bento, criador na Ordem dos Beneditinos e  – melhor parte de todas – é a capital do presunto cru e onde podemos fazer caça às trufas! 🙂

Praça central da fofa cidade de Norcia!
Praça central da fofa cidade de Norcia!

Anote: E Spoleto (não a rede de macarrão que a gente tem aí no Brasil!), especialmente, merece sua visita especialmente a partir do dia 26 de junho, que é quando começa o Festival de Dois Mundos: um dos mais charmosos festivais de arte da Europa. Tem shows de música, peças de teatros e apresentações de orquestra e música clássica ao vivo por toda a cidade – imagina estar numa cidade medieval charmosíssima à noite e deparar com uma bela apresentação de violino, assim, por acaso e no meio da rua? É muito charme!

Festival de Música Clássica dos dois mundos Spoleto Itália

A gente fala mais de Spoleto aqui: 

Esqueça o fast-food: Spoleto, na Itália, é para curtir devagarzinho

E veja todos os nossos posts sobre a Umbria aqui.

Guia prático de onde se hospedar em Assis

Assis: dicas, história e religião nos passos de São Francisco de Assis

Norcia: a cidade-revelação do seu roteiro de viagem.

Caçando trufas negras na Itália: como foi, como faz e como é mágica a experiência

E mais: 

Veja opções de hospedagem em Assis, Norcia e Spoleto.

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Clarissa Donda
Sou jornalista e escritora. Eu criei esse blog como um hobby: a idéia era escrever sobre minhas viagens para não morrer de tédio durante a recuperação de um acidente de carro. Acabou que tanto o blog quanto as viagens mudaram a minha vida (várias vezes, aliás). Por isso, hoje eu escrevo para ajudar outras pessoas a encontrarem as viagens que vão inspirar elas também.

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