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Esse post era, na verdade, um adendo do Post sobre “Lençóis Maranhenses (ou o que fazer quando as lagoas estão secas)”. Mas achei que valia dividir em dois. Afinal, em se falando de Nordeste e Lençóis, não adianta ter pressa – tem que ir aproveitando tudo aos poucos, né?
E daí vai o primeiro conselho: não faça nunca Atins e a Lagoa da Esperança no mesmo dia. Mesmo que você tenha um pacote privado, tempo e almofada extra no bumbum para aguentar o sacolejado do caminho.
Primeiro, porque é longe – tanto que as próprias agências não oferecem o “combo”. Segundo, porque é chão. Muito chão. Praticamente o dia todo de jardineira, ou pau de arara, ou 4×4, até não aguentar mais.
Vantagem disso: ganhei um bronze chuchu beleza nos ombros, tanto que ficamos no sol de carro para cima e para baixo.
Desvantagem: saí com a sensação de que perdi um dia, porque é muito chão para chegar e aproveitar apenas um pouquinho de lugar, aqui e ali.
Estou dizendo isso tudo porque eu fiz isso. E cometi esse crime de fazer isso rapidíssimo porque estávamos em uma press-trip, e o tempo era curto e as informações, muitas. Por isso, era uma visita quase técnica, para conhecer de perto o lugar e suas belezas, mas sem muita intimidade.
Pena… Fica para quando eu voltar, então… 🙂
Mas o que é Atins? É um lugarzinho ultra sossegado, perto do mar e da foz do Rio Preguiças, onde não chega nem sinal de celular, mas chega uma brisa boa que é uma beleza.
E que o trajeto é bem difícil, só de barco ou de 4X4, mas mesmo de carro tem que rolar uma boa trilha a pé, entre dunas e poços de água deliciosos.
Para aproveitar tudo o que o lugar tem de bom, é preciso um pouco de preparo físico e muito protetor solar. E tempo, também, porque o ritmo em Atins é bem nordestino: devagar e sempre, naquela moleza gostosa que é tudo o que a gente precisa para aproveitar o que o lugar tem de bom.
E é uma boa pedida também para quem não quer ficar refém de agências para visitar as lagoas. nesse caso, é possível alugar uma das pousadas por lá, e ficar um ou dois dias em Atins, aproveitando na base da caminhada as deliciosas lagoas que tem por perto. Isso, somado ao carinho “coração de mãe” que o pessoal de lá tem, dá para viver uma viagem delicinha, delicinha… 🙂
Por isso que eu não recomendo fazer uma ida rapidinho, como a que eu fiz. Eu não pude ver, por exemplo, essa Atins deliciosa que a Patrícia do Turomaquia viu: leia o belíssimo post dela aqui!
Um aviso importante: não espere luxos. Atins é assim mesmo, rústica e roots. Mal tem celular, neca de internet, e nem espere banco. Então, venha precavido e com dinheiro no bolso (os caixas mais perto estão em Barreirinhas, mas mesmo assim só do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste (embora, ouvi rumores de que iam abrir um Itaú por lá. Mas não sei quando. Ou se vai mesmo. Enfim.).
Mas tranquilidade de vida mansa Atins tem de sobra. E camarão.
Porque engana-se quem vai para Atins pensando que são as lagoas e a praia a maior atração turística de lá. Não é.
A maior atração turística de lá é o camarão da Luzia.
Que, aliás, atende por esse nome mesmo: camarão da Luzia. Ou restaurante da Luzia. Não tem importância. Dona Luzia é assim, pega intimidade fácil. 🙂
Bem antes de chegar a Atins você já vai ouvir sobre o camarão da Luzia. E não vai ouvir só elogios: fatalmente você vai ouvir que a Luzia faz “o melhor camarão do mundo”. Que é tão bom que superlativos assim nem precisam de Guiness para reconhecer: só os elogios e murmúrios de saudade de quem já experimentou.
E não sou só eu que falo isso. O Riq Freire já publicou uma crônica só sobre isso. Na revista Época. Só sobre o camarão da Luzia. Prova que a Luzia conseguiu sem querer o tipo de publicidade que muita empresa aí tá procurando.
Que não veio de graça. Ela mesmo disse que levou anos para chegar à receita perfeita de camarão. E, boa de papo que é, chega quase a dar a receita e a dica de como fazer – mas não revela por nada o “ingrediente secreto” que faz o camarão chegar ao ponto de perfeição que só ela faz, e que garantiu a fama da receita dela para o mundo.
Porque vem gente de tudo quanto é canto para comer. Que atravessa horas de carro e de barco. Que faz até trilha. Com nenhum outro incentivo que não o “mas você vai a Atins mas não vai comer o camarão da Luzia?”
Que, putz, é famoso mas baratíssimo. E de dar água na boca.
Mas não adianta chegar lá e já sair pedindo, porque demora. Então, a dica é fazer a reserva e marcar a hora certinha que você vai, ou dar uma passadinha lá primeiro para pedir para fazer, fazer o passeio e voltar depois. Com a fome nos trinques, porque merece.
Para acompanhar, cerveja geladinha antes e uma rede depois. Que, aliás, soa como a definição mais próxima do paraíso.
Entendeu porque tinha que dividir o post? Colocar tudo ao mesmo tempo ia dar uma indigestão danada… 😉
Quem também tem ótimos posts dos Lençóis Maranhenses e que valem super a pena dar uma conferida:
Matraqueando: Ela também reza elogios amém para o camarão da Luzia, aqui neste post
Turomaquia: Um dia Redondo em Atins (fora o índice com uma série de posts sobre os Lençóis, incluindo posts só de Atins! Vale ler!)
Nerds Viajantes: Lençóis Maranhenses – Lagoa Verde (mas eles falam de Atins também!)
Mochilão trips: Um post completinho de Atins, com dicas de onde ficar e tudo.
Quem leva:
Para quem vai de barco, pode pegar a voadeira de Caburé direto para Atins, e reservar com o próprio Hotel (a Patrícia da Turomaquia dá contatos e preços aqui!.) Mas para quem vai de carro e quer ficar só um dia, ou mesmo se vai pernoitar prefere ir de via terrestre, as agências que fazem o transporte são essas:
Rota das Trilhas – Foi essa agência que cuidou do nosso transporte para Atins e Lagoa da Esperança. Eles podem ser contratados através de:
Website: http://rotadastrilhas.com.br
Telefones: (98) 3349-0372
E-mail: reserva@rotadastrilhas.com.br e gerencia@rotadastrilhas.com.br
São Paulo Ecoturismo – o nome é paulista, mas trabalha com roteiros diferentes em Lençóis. Eles podem ser contratados através de:
Website: http://saopauloecoturismo.com.br
Telefones: (98) 9149 4666 (VIVO), (98) 8837 2530 (OI) e (98) 8165 8930 (TIM)
E-mail: atendimento@saopauloecoturismo.com
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Se você gostou desse texto, acompanhe a série sobre a Rota das Emoções aqui:
Lençóis Maranhenses (ou o que fazer quando as lagoas estão secas)
Rota das Emoções: as vivências com rendeiras, pitangas, cajuína e catadores de carangueijo no Piauí
Rota das Emoções: a revoada dos guarás no Delta do Parnaíba, Piauí
Barra Grande em 10 motivos: para você visitar todos e para
Rota das Emoções: do Piauí em direção aos Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
Rota das emoções: viajando de buggy de Jericoacoara a Camocim, no Ceará
Rota das emoções: dicas do que fazer em Jericoacoara por quem começa a viagem por aqui
Rota das emoções: onde é, o que vale a pena fazer lá e como planejar sua viagem no Nordeste
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Esta jornalista e blogueira percorreu a Rota das Emoções em novembro de 2012 a convite do Sebrae e dos empresários de Turismo da Rota. Todas as impressões, dicas, sugestões e avisos são frutos da experiência e opinião da jornalista.
Oi Clarissa, tudo bem?
Parabéns pelo post, ficou ótimo, assim como os outros da série!
E obrigada por indicar o Mochilão Trips! Também indiquei o Dondeando lá, falando sobre a Rota das Emoções. 😉
Aliás, fiquei bem doida pra fazer a rota, só não fiz por falta de tempo! Mas ainda volto lá pra isso! 😉
bj,
Carol
Carol, de nada! Seu post tá completinho sobre Atins!! Parabéns! 🙂
Pois é, eu fiz a Rota rapidinho, mas voltava fácil fácil!! E super indico voltar lá, sabia? Ô lugar que nunca cansa de ser bonito!
Beijos,
Cla
Lindona, brigaduuuu pelo carinho. É tão legal ver que algumas pessoas continuam na mesma boa onda, na verdade é um alívio!
Eu e o Tom nos apaixonamos por Atins, mas vc tem toda razão tem que ir com tempo!
beijos