Quando fui a Londres, em junho de 2013, meu primeiríssimo compromisso em terras da Rainha – logo no dia seguinte à minha chegada – era assistir a troca da guarda do Palácio de Buckingham.
Primeiro, porque sempre ouvi dizer que “ir a Londres e não assistir a troca da guarda era o mesmo que ir à Disney e não ver o Mickey”.
Segundo, porque era de graça.
Honestamente, para a mim a primeira razão tinha lá suas controvérsias, e a segunda não era motivo suficiente. Mas eu fui mesmo por uma terceira explicação: era minha a matéria sobre Londres que ia sair na capa da edição de Julho da Revista Viaje Mais, e eu precisava dar um pulo lá para conhecer melhor do passeio e contar melhor na matéria.
Então fui. E de acordo com a recomendação do Visit Britain, órgão que me ajudou na matéria, eu deveria chegar lá na casa da Rainha em torno de 10:30, já que a troca da guarda acontece pontualmente às 11:30.
E antes mesmo de chegar lá eu lembro do meu pai contando sobre os cavaleiros da Rainha, na troca que ele tinha visto há tanto tempo: como a marcha dos soldados era impecável, os cavalos eram garbosos, a seriedade que havia em volta de um ritual da monarquia, coisa que a gente não via por aqui… Enfim.
Pois é: mas na prática, o que eu encontrei no Palácio de Buckingham foi isso:
Gente. Muita gente.
Muito gente mesmo. E se eu estava achando que chegar com uma hora de antecedência para assistir a troca da guarda era um exagero sem tamanho, ali eu entendi o motivo. E ainda faria um adendo: se você quer ver mesmo os soldados com chapéu de pompom da rainha, chegue com uma hora e meia de antecedência. Juro.
Mas fazer o quê, eu já estava lá e com uma requisição especial para tirar fotos, as melhores que pudesse, da guarda. Mas mesmo chegando com uma hora de antecedência, qualquer lugar decente com um bom ponto de visão nas portas da grade do palácio de Buckingham já estava mais do que tomado. A solução foi pegar um espaço na grade das ruas logo atrás, que me davam uma opção mais panorâmica e que (eu achava!) me daria chance de tirar fotos da guarda chegando.
Achei meu cantinho e ali fiquei, por uma hora. Tempo suficiente para pensar “na vida” (a.k.a. nas 3.897 coisas que eu poderia fazer em Londres que seriam melhor do que ficar ali, protegendo meu cantinho a cotoveladas das hordas de turistas e dos espertinhos que, como não quer nada, sempre davam um jeito de ir te empurrando mais para lá).
Mas porquê todo esse mau humor no dia? Porque neste dia estava chovendo, aquela garoa fina tipica londrina. Porque estava frio, bem frio. Porque rolava aquele vento gelado. Porque estava cheio de gente – e rapidamente extrapolaram aquela quantidade que faz um lugar passar de “badalado” a “perrengue”. E porque, quando se está ansiosa para ver tudo o que de bacana Londres tem para oferecer, o que a gente menos quer é ficar uma hora parado em pé olhando para a parede.
Ok que as paredes em questão eram as do Palácio de Buckingham. Mas ainda assim, eram paredes, portanto.
“Eu nunca assisti a troca da guarda”, me disse Mark, inglês e ex-morador por 5 anos em Londres. “O que acontecia é que, às vezes eu estava perto de lá e via de repente a movimentação de gente. Aí olhava para o relógio, e só assim me dava conta que era por causa da troca”.
Verdade seja dita: mesmo com tanta gente, a polícia inglesa faz um bom trabalho em gerenciar aquele povo todo, o trânsito e a Guarda Real (nome dado aos guardinhas de pompom).
Nota importante: sempre acreditei piamente, durante toda a minha vida, que os guardas do chapéu fofinho que sempre víamos eram chamados “beefeaters”. Vi, inclusive, muitas vezes essa denominação em livros. Mas aí, graças à generosa contribuição da Deb nos comentários aí embaixo, fiz esse adendo para corrigir minha ignorância: os “beefeaters” são apenas os guardas que tomam conta da Torre de Londres (também chamado de “Yeoman Guards” e os guardinhas de pompom que cuidam da casa da Rainha Beth são a Guarda Real. Obrigada, Deb, pela ajuda! 🙂
Ah, e porque “beefeaters”? Significa “beef eater”, ou “comedor de bifes”, já que antigamente esses guardas recebiam seu pagamento em bifes, coisa chique no passado.
Até que, enfim, a troca da guarda começou. Ouvimos cornetinhas anunciando aqui e ali a chegada dos guardas. Eles chegam em diferentes formações, a pé e a cavalo – e aí sim, eu vi a vantagem em ficar na rua de trás (me rendeu estas fotinhos!).
Ah, parece de pertinho, né? Mas era puro zoom.
Mas e aí, assistir a troca vale a pena?
Pois é, não sei. Não sei porque a tal da troca, efetivamente, não vi – o mais perto que eu cheguei da guarda foi isso: ver ela se dirigindo até os portões do Palácio. Mais perto que isso não deu para ver, porque a troca acontece lá dentro.
Então, pode ser que eu tenha dado azar e que há algumas épocas em que a troca da guarda é bem cheia, e outras não. Que tenha locais em que a visão é melhor, e eu dei mole. Mas a impressão que tive é que, salvo a sacada da varanda da Rainha que deve ter uma vista bacana, quem fica na rua de trás consegue ver bem a chegada da guarda, mas não vê a troca efetivamente – e vice-versa para quem tá colado na grade do Palácio .
E porque eu estou escrevendo isso? Porque me deu pena das criancinhas e senhorinhas que ficaram pelo menos uma hora debaixo de chuva e em pé só para ver a troca da guarda.
Porque me deu pena da galera que ficou horas ali em pé, por apenas alguns minutinhos para ver os guardas de pompom apenas de relance.
Porque me deu pena de ver uma manhã inteira em Londres gasta ali, em pé.
Mais uma vez, pode ser que tenha sido só eu que tenha tido uma má experiência e que a troca da guarda seja mesmo do balacobaco. Mas eu não podia deixar de contar aqui.
Mas para não ficar só na crítica, resolvi dar uma pesquisada melhor sobre as melhores chances de se ter um gostinho de realeza e ver a troca da guarda de uma forma melhor, e compartilhar aqui com vocês – e, quem sabe, assim vocês não tem uma experiência melhor que a minha! 🙂
Macetes para assistir a Troca da Guarda Real Britânica sem (muitos) perrengues;
– Se for assistir em Buckingham, a troca da guarda acontece sempre às 11:30 da manhã, e tem a duração de meia hora (pontualidade britânica, vale lembrar!). Porém, se quiser assistir sem brigar por um lugar decente na base do cotovelo, a dica é chegar pelo menos uma hora e quinze minutos antes (ou até uma hora e meia). Eu cheguei lá às 10:30 em ponto e já tava brabo de encontrar um lugar para chamar de meu perto dos portões;
– Outra informação importante da Deb: no inverno a troca da guarda acontece só em alguns dias específicos; tem que conferir as datas aqui neste link. E eu peço desculpas, porque eu fui no verão, e tava acontecendo sempre.
– A troca da guarda acontece primeiro com a chegada dos diversos blocos dos soldados da Guarda Real, a pé e à cavalo, e da banda da guarda real. Eles vêm de direções diferentes em direção ao castelo (são as fotos que eu tirei e coloquei ali em cima) e ao chegar dentro dos muros que acontece a cerimônia oficial da troca. Ou seja, quando tá bem cheio de gente é quase impossível assistir tudo bem, de um bom ponto de vista. Então, uma alternativa é escolher onde você quer tirar as melhores fotos (se da chegada dos soldados ou da troca dentro dos portões) e segurar o seu lugar lá;
– Os policiais ingleses ficam ao redor para controlar o fluxo dos pedestres bem como o trânsito. Não convém ficar num lugar em que eles não permitam.
– Se o tempo não estiver bacana, leve um guarda-chuva, uma capa de chuva ou um bom casaco. Sendo que, de preferência, vá de capa-de-chuva (guarda-chuva pode deixar seu vizinho logo atrás de você bem aborrecido). Dica dada por experiência própria. 😉
Como chegar no Palácio de Buckingham: as estações mais próximas do palácio são, respectivamente: Victoria Station tube (6 minutos), St. James Park (7 minutos) e Green Park (8 minutos).
Mas aí, quer uma alternativa para ver a Troca da Guarda Real de uma forma beeeeeem melhor? 🙂
Esqueça Buckingham e deixe para ver a troca em Windsor: como o próprio nome sugere, lá fica o Castelo de Windsor, residência oficial da Rainha Beth, e onde acontece também a troca da Guarda. Não é como Buckingham, pois acontece em menos dias por mês, mas a chance de ter uma vista melhor e menos disputada de gente da troca é bem interessante. Então, se você já tem visita programada para Windsor – aliás, a cidade vale a visita, já que fica pertinho de Londres, tem a visita ao castelo que é bem bacana e ainda tem a Legoland, para quem vai com os filhos a tiracolo! – confira aqui no calendário quais serão os dias em que haverá a troca da guarda e programe-se para estar no horário!
Como funciona: a nova guarda (a galera do pompom que vem render os guardas anteriores) chega com a banda marchando pela Sheet Street, depois pela High Street, passa pela Parish Church e pela Guildhall, e depois entra no Castelo. A volta´é feita pelo mesmo caminho.
Só uma dica: a melhor parte da troca acontece dentro do próprio castelo, e para isso é preciso ter ingressos – então, aproveite para se programar quando for fazer a visita! Os ingressos custam em torno de £17.75 para adultos, £16.15 para idosos e estudantes com menos de 17, e £10.60 para crianças e adolescentes entre 5 e 16 anos. Crianças menores de 5 anos não pagam.
Esta jornalista e blogueira assistiu à troca da guarda real em Buckingham seguindo as dicas da parceria com a Visit Britain.
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Para ajudar na sua viagem:
Hotéis em Londres | Passagens aéreas para Londres | Ingressos para atrações em Londres (compre em português)
Dicas Gerais:
Do baratinho ao classudão: dicas de onde comer em Londres
Onde se hospedar em Londres: dicas para cada bolso
Vale a pena ver a troca da Guarda Real do Palácio de Buckingham?
Lojas e compras:
Cat-cafés: tomar café com gatos virou moda em Londres
Foyles: a melhor livraria de Londres
Fortnum and Mason: Compras com gosto de realeza
Atrações e Passeios:
Visita aos Estúdios do Harry Potter
Torre de Londres: Histórias, Fantasmas e Ursos Polares
Outras cidades da Inglaterra:
Stratford Upon Avon: Tour de um dia só na cidade de Shakespeare
Legoland: Um passeio com crianças nos arredores de Londres
Banksy, street-art e uma caça aos graffitis em Bristol.
Brighton: Todas as dicas (e vários motivos) para você se apaixonar por lá
Warwick: um castelo para crianças a duas horas de Londres
Festival de Balões em Bristol: Um show de luz e de graça (de graça!)
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Quando fui a Londres também achava que ir até lá e não assistir a troca da guarda seria um sacrilégio. Mas me arrependi e no fim achei pura perda de tempo, pela quantidade de pessoas e o acotovelamento. Pior ainda foi que por pouco não levaram minha bolsa devido ao tumulto. Chegaram a puxá-la, mas como eu a estava segurando com firmeza nada aconteceu. Mas foi por um triz. Então, para os que pretendem entrar no tumulto que se forma por lá, sugiro ficarem atentos aos batedores de carteira e ladrões de bolsa.
Adeliz, pois é!!! Vi em vários lugares avisoso sobe a ameaça e a incidência de batedores de carteira, e graças a Deus não passei por nenhuma situação assim, mesmo morando alguns meses por lá. MAs a verdade é que um amontoado de turista junto é sempre o prato cheio para esse tipo de ocorrência, já que todo mundo está desavisado, distraído, cheio de dinheiro no bolso e o ladrão consegue se misturar e à multidão e fugir facilmente.
Mas meu questionamento era exatamente esse: sem tirar o devido valor de alguns rituais nos lugares que visitamos, mas é que acho que alguns lugares e eventos (como a troca da Guarda inglesa, entre outros) são tão cercados de gente, tão cheios, e a gente demora tanto para assistir (já que tem que chegar antes para garantir um bom lugar) que, no final, acho válido de se perguntar se “tem que ver mesmo” ou se a gente pode dispensar essa atração, pois há formas muito mais gostosas de se sentir o gostinho de Londres. E eu queria realmente era mostrar esse lado também, e quem estiver disposto a ver, que possa se preparar!
Oi, Adeliz. Vi seu nome aqui e fiquei me perguntando se não era você quem fazia revisão dos nossos livros na Record. Era? Abraço. Sheila
Eu cheguei cedo mas fiquei ali no monumento na pracinha em frente ao palácio para conseguir ver melhor sem ficar amassada no portão… Não foi tão perrengue assim, mas não peguei chuva. Não é algo extraordinário, mas é interessante uma vez só na vida. Acho que foi bom ter deixado para o último dia, aquela manhã seria perdida de qualquer jeito… Aqui está o meu post sobre o última dia em Londres: http://taindopraonde.blogspot.com.br/2013/07/london-baby-dia-8.html e alguns vídeos desse dia: http://taindopraonde.blogspot.com.br/2013/12/videos-da-troca-de-guarda-em-londres.html
Pois é, Fernanda! Que é interessante eu não nego, mas me questiono se vale uma manhã inteira (especialmente na chuva, coisa que, vá lá, é bem frequente em Londres) só para assistir de longe a troca. Eu fiz isso na minha primeiríssima manhã em Londres, por uma questão de calendário, e se não fosse por causa de trabalho teria dispensado a visita ou ido outro dia. Agora, quem viaja com datas apertadinhas e já tem pouco tempo para conhecer as atrações da capital inglesa (que é o máximo), deve ficar ciente do que rola para ver se vale a pena abrir mão de uma manhã para incluir isso no calendário.
Obrigada por compartilhar as fotos e o vídeo! Eu não consegui filmar não, me foquei nas fotos, em proteger a câmera da chuva e a garantir o meu espaço na grade! 🙂
Oi, Donda. Tudo bem? 🙂
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia
Obaa! Obrigada, NAty!
Oi, Clarissa, não fui e realmente não me senti muito arrependida. Se vale a pena eu não sei dizer, mas em Londres tem tanta coisa bacana, que acabei cortando, assim como a London Eye…
Oi, Lili!!
Pois é – mas, ahhh, eu fui na London Eye! Não resisti! Embora, devo admitir, passear pelo SOuthbank com ela à vista é quase tão bonito e mais legal do que estar nela – especialmente num dia ensolarado!
E eu que moro há quase 10 anos em Londres e nunca vi a troca de guarda? Não animo porque já vi várias cerimonias importantes e sei o vucovuco que é… Sem contar que tem que acordar cedo no final de semana e eu detesto. Como você disse, tem tanta coisa bacana na cidade
oops, apertei entender sem querer…. Complementando: Londres tem muito a oferecer e isso é algo que eu sempre deixo para depois. E confesso, não me doi nada o fato de nunca ter visto a troca da guarda.
Liliana, te entendo totalmente! Meu namorado é inglês e morou a vida toda lá, e ele mesmo diz que nunca assistiu. Mas é aquilo, tem gente que faz uma questão enorme – e corre o risco de deixar de lado um monte de coisa legal!
Oi Clarissa,
Bacana seu post. Escrevo um blog sobre Londres e confesso que também fico indecisa quando me perguntam se vale a pena ir à troca da guarda! Acho um grande programa de índio, mas que precisa ser feito pelo menos uma vez. Acabei incluindo como número 9 do meu Top 10 básico:
http://www.segredosdelondres.com.br/2011/brincadeira-interativa-participe/
Foi sua primeira vez em Londres? Você foi a todos esses?
Faço apenas uma pequena correção: os beefeaters são apenas os guardas da Torre de Londres. Eles têm um uniforme diferente, e não usam o chapéu de pompom.
Beijos,
Deb
Oi, Deb! Obrigada pela visita!
Pois é, eu me sinto meio assim quando vou dizer se vale a pena ou não assistir a guarda – afinal, tem gosto para tudo e tem gente que adora essa coisa meio “aura real” que tem por lá. Mas acho que não vale mesmo se você tem um tempo apertadinho na cidade. Londres é para ser visitada sempre, e a impressão que se tem é que a gente nunca vai esgotar os passeios!
Obrigada pelo link – já vi e vou comentar lá! 🙂 Dessa vez foi minha primeira vez em Londres sim (e a troca da guarda foi logo o meu primeiro passeio) mas como eu fui morar por 2 meses, deu para fazer tudo com calma!
Quanto à sua correção: obrigada!!!!! Geeeente, não sabia! Olha, porque eu sempre me referi a esses guardas do pompom na cabeça como Beefeaters em toda a minha vida, e eu tenho um livro aqui explicando que beefeaters são apenas os guardas que protegem a Torre de Londres (conforme você falou, os tal do Yeoman guards, com o uniforme diferente) e os guardas que fazem a proteção do palácio de Buckingham (os tais do pompom). E, detalhe, agora que você falou, fui ler em todos eles para ver se não estava ficando louca, e de fato eles estavam dando essas duas informações!
Como o google não mente, fui pesquisar de novo, e taí, você tá certíssima: os do pompom parece que agora só recebem o nome de Guarda Real. Morria e não sabia!!!
Obrigadíssima, vou ajeitar a informação no post! 🙂 E olha, se serve para minha defesa, meu namorado é inglês e eu perguntei isso para ele hoje: e nem ele sabia! Me senti menos mal, agora… 😛
E com todo respeito a você, Deb, o item 6 da sua lista “Brick Lane e o mercado de Spitalfields” é uma outra furada que eu e minha esposa nos arrependemos amargamente de termos abraçado.
Nessa primeira vez que fomos em Londres (Fev/2012) chegamos num sábado de noite, então nosso primeiro dia inteiro lá seria um domingo e eu tinha lido tantas coisas boas sobre esse “programão” que não tive dúvida, coloquei como primeira coisa no roteiro.
Acordamos cedinho e rumamos leste… e foi aquela decepção. Minha esposa não me perdoou até hoje por ter levado ela pra lá como primeiro lugar de Londres pra conhecermos.
Outro lugar que não indicarei jamais pra alguém e jamais pretendo voltar.
Oi, Alexandre!
Sério? Você não gostou do Brick Lane? Eu acabei não indo (morei lá por dois meses e meio, e sabe aquela coisa de “vou no próximo fim de semana” e “pode deixar, estamos com tempo”? Pois é, o tempo acabou, voltei e não fui), mas só ouvia coisas bacanas sobre lá – que era uma feira diferente e coisa e tal. Mas eu gosto de ter uma idéia do outro lado da moeda, também, e agora fiquei curiosa. Porque você não gostou?
Bom, não gostamos principalmente porque achamos que é uma feira de rua como a maioria das feiras de rua de outros lugares, inclusive e especialmente do Brasil.
Tinha uma parte com flores e vasos, algumas coisas usadas na linha “garage sale” se encontra com brechó e mais nada. A região e a rua em si não são especialmente bonitas e não vimos nada que se destacasse.
O Spitalfields é pior ainda, é um mercadão (similar só que muito menor que o de SP) com bastante opção de comida de vários lugares, talvez seja uma boa se você está de passagem por lá na hora do almoço, mas fora isso também não imagino o porquê de alguém ir lá querer fazer turismo/sightseeing lá.
Então, a não ser que você esteja passando muito tempo em Londres (ou morando por alguns meses) e esteja afim de viver como um Londrino e fazer coisas corriqueiras como ir à feira eu jamais recomendaria ir lá e acho uma grande furada indicar isso em sites/blogs de turismo, onde grande parte do público é formada por gente que não tem grande disponibilidade de tempo e tem que fazer 357 escolhas de Sofia a cada dia da viagem.
Claro, eu entendo que existe gosto pra tudo, minha irmã mais nova mesmo adora coisas “alternativas” e feirinhas em geral, viajar com ela é um inferno pois ela para em cada barraquinha que encontra, então talvez ela adorasse lá, mas duvido que mais que 10% das pessoas que vão fazer turismo em Londres realmente se interessem por uma furada dessas.
Em tempo, uma informação importante: no inverno, a troca da guarda acontece só em dias alternados.
Melhor checar no site da monarquia britânica antes de ir: http://www.royal.gov.uk/royaleventsandceremonies/changingtheguard/overview.aspx
Um abraço,
Deb
Dica adicionada! Obrigada!
(Quando eu fui era início do verão – que tinha chegado atrasado, porque só fazia frio e chuva – e a troca acontecia sempre!) Falha nossa! 🙂 Obrigada!
Eu e minha esposa também gastamos toda uma fria manhã de inverno londrino em Fev/2012 plantados na frente do Palácio e nos acotovelando com outros turistas, pois minha esposa queria ver a troca da guarda de qualquer jeito.
Eu que já estive no exército sabia bem que isso não teria nada de tão interessante, mas ela atribuía a esse evento alguma mágica que ele, obviamente, não tem.
Após quase congelarmos parados lá (apesar do solzinho fraco de inverno que brilhava baixo no céu), resolvemos ir embora antes mesmo da cerimônia toda acabar.
Corremos pro primeiro café quente e aconchegante que encontramos e desde então temos a certeza que amaldiçoaremos pra sempre essa “quase obrigação” que é ver a troca.
Alexandre, eu particularmente não achei grandes coisas, e só não reclamei de que perdi minha manhã porque deu para tirar essas fotos e eu estava trabalhando. Mas sempre fico assim de dizer um “não vá” para alguém, porque são opiniões e opiniões, né – e realmente muita gente vê essa aura encantada na troca da guarda e tal. Mas não indicaria nunca para alguém que tem pouco tempo na cidade e muita coisa para conhecer!
E eu fiz que nem você: corri para um café quentinho logo depois – no meu caso nem solzinho fraco de inverno tinha!
quando eu fui tive a sorte de estar fazendo um puta sol (sem nenhuma nuvem no céu) e calor! (alias, a semana inteira que eu fiquei lá não choveu nenhum dia! perdi espaço como guarda chuva na mochila! haha) também não vi nada demais nessa troca de guardas. realmente poderia ter aproveitado melhor meu tempo. quando já tava acabando (acho eu) saí quase correndo desesperada pro london dundgeon pra não pegar uma fila enorme e pra recuperar o tempo perdido.. mas ainda dei uma passadinha na loja da rainha!
acho que tive um pouco de sorte pq cheguei com, mais ou menos, meia hora de antecedência e fiquei sentada lá naquele ferro perto do palácio porém fiquei bem na diagonal messssmo! deu pra ver mais ou menos a troca que consiste em: os guardas ficam indo pra frente e pra tras do palácio e da frente pro lado (onde eu estava).
assim, não recomendo pq achei que foi perda de tempo e vc nunca tem tempo suficiente pra ver tudo o que londres tem a oferecer!
nesse dia ainda fui pro london dundgeon, cleopatra’s needle, greenwich, mm world, kings cross station, oxford street e a loja da disney!
Oi Clarissa! O seu post tá muito show! Lembro como se fosse hoje da minha estadia na Inglaterra onde eu também fiz um curso de inglês na Inglaterra e foi maravilhoso. Sou apaixonado por esta cidade e gostaria um dia voltar a este paraíso. Vale a pena visitar a Inglaterra! Eu tive sorte porque fiz o meu curso de inglês com hospedagem, aliemnatação e atividades de lazer então me concentrei para a aprendizagem do idioma e para conhecer a essência da cidade de Londres. Deixo a dica do meu intercâmbio de idiomas (link removido – spam).
Gostei muito das suas informações e pelo compartilhamento de sua experiência.
Obrigado.
Ah, uma contribuição, no texto sobre a troca de guarda (… coisa que a gente não vinha por aqui… Enfim.). Creio que você queria dizer via em vez de vinha. Se foi, tá apontada a errata. Caso contrário, desculpe-me.
Ooops, Gabriel, obrigada pelo aviso! Foi erro de digitação que passou batido sim!
Obrigada por avisar!!! 🙂
E que bom que você gostou do post! Volte sempre, fiquei feliz com seu comentário!
Existem várias imprecisões na sua matéria a mais simplesinha, Buckingham Palace como o nome diz, é um palácio e não um castelo.
Não me admira nada que os brasileiros não gostem desse tipo de programa, preferem naturalmente Miami ou a Euro Disney.
Olá, Miguel! Tudo bem?
Pois é, eu sei que Castelo não é a forma correta, mas só me refiro ao palácio de Buckingham duas vezes com essa palavra em todo o texto porque já tinha me referido a ele de diversas formas e, no decorrer do texto, acabei substituindo por Castelo, mais por evitar a repetição que outra coisa. Mas concordo com você que não é o nome correto, foi uma palavra que passou batida. Já corrigi, obrigada pelo aviso.
Quanto às outras imprecisões a que você se refere, por favor, fique a vontade para apontar, como outras pessoas fizeram. A caixa de comentários é para isso mesmo: trocar opiniões, idéias, colaborar e ajudar – só quem ganha são os leitores.
De fato, como várias pesquisas apontam, os destinos mais populares entre os brasileiros é a Disney – mas particularmente, minha ideia com este blog é cobrir outros destinos e experiências com outro perfil de visitantes fora do mainstream tradicional de viagens, como você pode ver pelos demais destinos e posts do blog (por acaso, não tem nada de Miami e Euro Disney aqui!). Quanto à troca da Guarda Real, não sei se você leu o post todo, mas a opinião geral é a de que esta é uma atração tradicional da Inglaterra e tal, mas em se tratando de atrações e passeios relacionados à realeza e tradições britânicas, Londres tem outras alternativas interessantes a oferecer que são menos cheias do que essa, para que o leitor possa conhecer um lado da experiência na hora de montar seu próprio roteiro na cidade – em especial se ele não tiver muito tempo para passear.
Nossa, amém que li isso!!!!!!!!! Eu já estava com um puta pé atrás com a troca de guarda, e realmente teria que fazer malabarismos com os meus horários para encaixá-la. MUITO OBRIGADA pelas informações, salvou uma manhã minha!!
bjsss